Todo sonho guarda uma chave. A chave para mais uma espiral da liberação de nossas crenças, amarras, desejos e aversões. A chave para mais uma volta na ampliação da consciência.
Recordar os sonhos é o primeiro passo. Para isso há técnicas muito simples que ajudam a rememorar e resguardar a lembrança.
Sentir o sonho, o clima, astral, o tom do sonho é o segundo passo. Essas sensações não são tão claras, mas estão ali em diversos elementos oníricos: na luminosidade, nas cores, no espaço, no passar do tempo, nas emoções e relações vivenciadas.
Associar livremente com as primeiras imagens aleatórias que nos vêem à cabeça, sem julgamento, sem buscar a lógica, apenas acreditando que o fluxo inconsciente se impõe e se apresenta. Esse é o trabalho mais árduo e aqui surgem as mais ativas resistências.
Discorrer sobre todas essas impressões do Sonho é construir uma elaboração viva e orgânica que caminha para o desvelamento do possível sentido do sonho.
Esse trajeto é muito intuitivo e fluido e por vezes caótico. Não pisamos em terra firme, não enxergamos a luz no fim do túnel, mas deixamos o caminho ser construído a medida que caminhamos.
De repente um sentido tão “evidente” nos é revelado por essa análise e percebemos o quanto já nos era familiar desde o início do percurso. Estava ali, a todo tempo como um sussurro.
O que fazemos com essa “revelação”?
Nada.
Ela se acomodará espontaneamente, muitas vezes ainda, se repetirá em novos e diferentes formatos, para ser compreendida por outros ângulos.
Cada volta da espiral é um passo no amadurecimento da Jornada do Ser. A Interpretação dos Sonhos tem a potência para apresentar um espelho, uma bússola, um despertador.
Os sonhos são vivos!